Musica Da Semana

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Therion - Metal Sinfonico





Therion é uma banda de metal sinfônico formada na Suécia em 1987 pelo músico Christofer Johnsson, vocalista, compositor e principal integrante. A combinação de heavy metal com elementos clássicos, sinfônicos e corais medievais, faz do Therion um dos expoentes do metal atual.

Seus temas músicais, variam de diferentes mitologias e são baseados em conceitos que variam do ocultismo, magia, de antigas tradições e escritos. A maioria de suas letras são escritas por Thomas Karlsson, chefe e fundador da ordem mágica dos Dragon Rouge, da qual Johnsson é membro . A banda tem visto muitas mudanças no line-up e estilo ao longo de sua história.

Tudo teve início quando a banda ainda chamava-se Blitzkrieg, e no ano de 1989 lançou as demos Paroxysmal Holocaust com 600 cópias em cassete, e pouco depois Beyond the Darkest Veils of Inner Wickedness. Nesta época, a banda arcou com os custos das gravações e das cópias. No ano seguinte, foi gravada e lançada a terceira demo intitulada Time Shall Tell. Neste período, vários nomes foram cogitados, porém Therion foi adotado definitivamente. Segundo Christofer, o nome Blitzkrieg já não era coerente com o estilo musical, já que a essa altura a banda já recebia o rótulo de symphonic metal, e até de gothic metal.

Em 1991, o álbum Of Darkness... foi lançado pela Deaf Records, trazendo composições do período de 1987 a 1989. Assim, ainda estão presentes fortes influências do death metal anterior. Em dezembro o álbum Beyond Sanctorum foi gravado pela Active Records. Algumas faixas trazem um vocal feminino e um masculino "limpo", além dos teclados mais presentes e elementos da música árabe.

O álbum Symphony Masses: Ho Drakon Ho Megas foi lançado em 1993 pela Megarock/ Nuclear Blast. Desta vez, foram introduzidos elementos do heavy metal tradicional dos anos 80, além da influência clássica e industrial, mantendo os motivos árabes.

Em 1995 o Therion lançou The Beauty in Black, que vendeu 12.000 cópias em toda a Europa e ratificando o sucesso, demonstrando que a legião de fãs se alastrava pelo continente. No mesmo ano, o álbum Lepaca Kliffoth inseriu uma orquestra sampler e dois solistas de ópera, além dos vocais mais melodiosos de Christofer Johnsson.

O álbum Theli lançado em 1996, consagra a banda como precursora de um novo estilo musical que ia além do heavy metal. As letras inspiradas em livros e vivências de Christofer, foram escritas muito tempo antes, mas a banda ainda não havia alcançado a maturidade necessária para que estas faixas fossem gravadas. Ainda em 1996, Siren Of The Woods foi lançado e a música homônima é a primeira faixa a ser executada nas rádios européias. Por ser mais melodiosa que as anteriores, esta música despertou um interesse maior das gravadoras. Em 1997 o Therion lança A'arab Zaraq - Lucid Dreaming, completando a primeira década da banda. Algumas faixas foram compostas para Theli, mas não combinavam com a proposta do álbum. Ainda em A'arab Zaraq - Lucid Dreaming , foram inclusas covers gravadas muito tempo antes.

A experiência bem sucedida de Siren Of The Woods levou o Therion a lançar o single Eye of Shiva, que trazia quatro músicas especialmente gravadas para divulgação nas rádios. Por exemplo, a faixa Eye of Shiva traz duas versões, sendo uma delas editada para as rádios. A mesma versão da faixa The Rise of Sodom and Gomorrah foi usada no álbum Vovin que seria lançado meses depois. Desta forma, a banda tornou-se mais acessível, e Vovin ganhou grande repercussão.

Posterior ao Crowning of Atlantis, foi lançado o álbum Deggial em 2000, que demorou três meses para ser gravado. Neste álbum, Christofer introduziu também instrumentos de sopro e uma orquestra de tambores.

O décimo álbum intitulado Secret of the Runes foi lançado em 2001. Menos agressivo e mais melancólico que Deggial, este trabalho foi baseado no mitologia nórdica. Os nove mundos que compõem o Yggdrasil da mitologia, foram citados ao longo de nove faixas, além da simbologia ocultista das tradições nórdicas. A base musical desta obra é o clássico compositor alemão Richard Wagner, que também citava a mitologia dos povos saxões em suas músicas, como por exemplo, em sua tetralogia do Anel do Nibelungo. A turnê de Secret of the Runes realizada no mesmo ano, passou pela Europa e América Latina. No Brasil, foram feitas apresentações em Curitiba, Porto Alegre e São Paulo. É interesante mencionar o fato de que o álbum foi gravado com uma orquestra real, conferindo, aos sons instrumentais e aos cantos líricos, qualidade inédita nos álbuns anteriores da banda.

No final de 2001, foi lançado Bells of Doom. Este álbum é uma coletânea de versões muito raras do início da carreira, gravadas especialmente para o fã-clube. Em 2002, gravaram Live In Midgård, com os 24 maiores sucessos desde 1987. Este é o único ao vivo, gravado em Columbia, Budapeste e Hamburgo.

Depois de três longos anos de espera por parte dos fãs, o Therion lança mais uma obra-prima em maio de 2004, ou melhor duas: Lemuria e Sirius B. Vendido primeiramente como álbum duplo, novamente estoura em todo o mundo com a continuação do estilo que vinha seguindo desde Theli. O trabalho foi fruto de 9 meses em que 170 pessoas, entre músicos e cantores, participaram das gravações. Com guitarras distorcidas, orquestras sinfônicas e coros góticos, o Therion mantém sua hegemonia em relação a bandas que fazem a fusão do erudito com o heavy metal, mostrando o aperfeiçoamento cada vez maior de seu estilo.

Em 27 de agosto de 2004, a banda faz sua única apresentação no Brasil pela turnê do novo trabalho, embora já tivesse feito um show em 2001. Com um show de duas horas e meia, levam à loucura os paulistas no Directv Music Hall, esbanjando disposição com performances verdadeiramente épicas.

O grupo lançou novo álbum em janeiro de 2007, "Gothic Kabbalah", trazendo uma sonoridade mais voltada para o Heavy Metal se distanciando ainda mais dos tempos de Black / Doom Metal.

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